Sergipanidade pra mim é o sentir e ser sergipano. Sendo daqui ou de acolá, o que vale é o sentir. Sentir a brisa do mar, o cheiro do caju, o sabor da manga espada de caída, o perfume da goiaba tirada do pé, o cheiro da maresia da Atalaia, o calor do sol que aquece os ombros e ilumina a paisagem, pescar siris e caranguejos com o jereré, olhar a maré subir e descer, desvendando as areias da praia ou a lama do manguezal, chupar sorvete de mangaba, coco, pinha, manga e sapoti na Cinelândia, assistir a sessão da tarde do cine Palace e depois fazer o
trotoir na Praça Fausto Cardoso, e o que dizer do cachorro quente do Seu João, no Parque Olímpio Campos, do ladinho da missa da Catedral, espiar o rio Sergipe da Ponte do Imperador, com direito a beijinhos carinhosos e lembranças do desembarque de Dom Pedro II, saudades dos veraneios, quando tudo era tão íntimo e tão normal, que só hoje percebo a magia. Como as festas de vinil, onde cada um levava seu LP preferido, botava pra tocar, dançava, beijava ou não, e voltava pra casa feliz só por ver os amigos e dançar ao som de boa música bebendo muita água e sorrindo em viver o veraneio. Com todos esses sentidos revividos, sinto que vou dormir muito bem, sonhando com tempos bons, novos e antigos. Feliz dia sergipanos, nascidos, criados e vividos!!! E aí seguem imagens das memórias mais que afetivas...
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Chácara Aloha, cenário dos nossos veraneios |
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Juju e Álvaro, amados pais no Parque Olímpio Campos |
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Eles, eu e elas... |
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Tamar, no pé do farol |